sábado, 21 de novembro de 2015

Entenda o feriado da Consciencia negra no Brasil

Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, foi instituído oficialmente pela lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. A data faz referência à morte de Zumbi, o então líder do Quilombo dos Palmares – situado entre os estados de Alagoas e Pernambuco, na região Nordeste do Brasil. Zumbi foi morto em 1695, na referida data, por bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho. Maiores informações podem ser consultadas no texto História do Quilombo de Palmares. A data de sua morte, descoberta por historiadores no início da década de 1970, motivou membros do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial, em um congresso realizado em 1978, no contexto da Ditadura Militar Brasileira, a elegerem a figura de Zumbi como um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil, bem como da luta por direitos que seus descendentes reivindicam. Com a redemocratização do Brasil e a promulgação da Constituição de 1988, vários segmentos da sociedade, inclusive os movimentos sociais, como o Movimento Negro, obtiveram maior espaço no âmbito das discussões e decisões políticas. A lei de preconceito de raça ou cor (nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989) e leis como a de cotas raciais, no âmbito da educação superior, e, especificamente na área da educação básica, a lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que instituiu a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira, são exemplos de legislações que preveem certa reparação aos danos sofridos pela população negra na história do Brasil. A figura de Zumbi dos Palmares é especialmente reivindicada pelo movimento negro como símbolo de todas essas conquistas, tanto que a lei que instituiu o dia da Consciência Negra foi também fruto dessa reivindicação. O nome de Zumbi, inclusive, é sugerido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana como personalidade a ser abordada nas aulas de ensino básico como exemplo da luta dos negros no Brasil. Essa sugestão orienta-se por uma das determinações da lei Nº 10.639, que diz no Art. 26-A, parágrafo 1º: “O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.” A despeito da comemoração do Dia da Consciência Negra ser no dia da morte de Zumbi e do que essa figura histórica representa enquanto símbolo para movimentos sociais, como o Movimento Negro, há muita polêmica no âmbito acadêmico em torno da imagem de Zumbi e da própria história do Quilombo dos Palmares. As primeiras obras que abordaram esse acontecimento histórico, como as de Edison Carneiro (O Quilombo dos Palmares, Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 3a ed., 1966), de Eduardo Fonseca Jr. (Zumbi dos Palmares, A História do Brasil que não foi Contada. Rio de Janeiro: Soc. Yorubana Teológica de Cultura Afro-Brasileira, 1988) e de Décio Freitas (Palmares, a guerra dos escravos. Porto Alegre: Movimento, 1973), abriram caminho para a compreensão da história da fundação, apogeu e queda do Quilombo dos Palmares, mas, em certa medida, deram espaço para o uso político da figura de Zumbi, o que, segundo outros historiadores que revisaram esse acontecimento, pode ter sido prejudicial para a veracidade dos fatos. Um dos principais historiadores que estudam e revisam a história do Quilombo dos Palmares atualmente é Flávio dos Santos Gomes, cuja principal obra é De olho em Zumbi dos Palmares: História, símbolos e memória social (São Paulo: Claro Enigma, 2011). Flávio Gomes procurou, nessa obra, realizar não apenas uma revisão dos fatos a partir do contato direto com as fontes do século XVI e XVII, mas também analisar o uso político da imagem de Zumbi. Segundo esse autor, o tio de Zumbi, Ganga Zumba, que chefiou o quilombo e, inclusive, firmou tratados de paz com as autoridades locais, acabou tendo sua imagem diminuída e pouco conhecida em razão da escolha ideológica de Zumbi como símbolo de luta dos negros. Além dessa polêmica, há também o problema referente à própria estrutura e proposta de resistência dos quilombos no período colonial. Historiadores como José Murilo de Carvalho acentuam que grandes quilombos, como o de Palmares, não tinham o objetivo estrito de apartar-se completamente da sociedade escravocrata, tendo o próprio Quilombo dos Palmares participado do tráfico e do uso de escravos. Diz ele, na obra Cidadania no Brasil: “Os quilombos que sobreviviam mais tempo acabavam mantendo relações com a sociedade que os cercava, e esta sociedade era escravista. No próprio quilombo dos Palmares havia escravos”. (CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O longo Caminho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. p. 48). As polêmicas partem de indagações como: “Se Zumbi, que foi líder do Quilombo de Palmares, possuía escravos negros, a noção de luta por liberdade nesse contexto era bem específica e não pode colocá-lo como símbolo de resistência contra a escravidão”. A própria história da África e do tráfico negreiro transatlântico revela que grande parte dos escravos que a coroa portuguesa trazia para o Brasil Colônia era comprada dos próprios reinos africanos que capturavam membros de reinos ou tribos rivais e vendiam-nos aos europeus. Essa prática também ressoou, como atestam alguns historiadores, em dada medida, nos quilombos brasileiros. Nesse sentido, a complexidade dos fatos históricos nem sempre pode adequar-se a anseios políticos. Os estudos históricos precisam dar conta dessa complexidade e fornecer elementos para compreender o passado e sua relação com o presente. Entretanto, esse processo precisa ser cuidadoso. O uso de datas comemorativas como marcos de memória suscita esse tipo de polêmica, que deve ser pensada e discutida criteriosamente, sem prejuízo nem das reivindicações sociais e, tampouco, da veracidade dos fatos. * Créditos da imagem: Commons Por Me. Cláudio Fernandes Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja: FERNANDES, Cláudio. "20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra"; Brasil Escola. Disponível em

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Corrida de São Silvestre 2014 90ª Edição - Completa


Reveja a entrevista deste Grande Mestre, Escritor, psicanalista, professor, conferencista que gentilmente cedeu entrevista ao blog do prof Clayton abordando tema Bullyng.

Simplicidade, autenticidade, sabedoria e muito conhecimento, Professor Joao Carvalho Neto, escritor, psicanalista, professor e conferencista marca sua presença na abertura em momentos pedagogicos. 1- Prof. Clayton-Professor Joao, fico feliz por participar e abrir o tema “Momentos pedagógicos do blog do prof. Clayton”, que sem duvida será de grande valia, gostaria que falasse do seu trabalho, experiência e formação: Prof. Joao Carvalho Neto- Em primeiro lugar quero agradecer seu convite e a oportunidade de estar aqui compartilhando algumas reflexões com nossos amigos leitores. Minha formação vem da área pedagógica e acabou se derivando para a área psicológica quando fiz a pós-graduação em Psicopedagogia. Na sequência fiz uma formação em Psicanálise, Terapia Floral e em Terapia Regressiva. Depois escrevi dois livros e fiz o mestrado em Psicanálise com tese sobre o tema “O Complexo de Édipo na contemporaneidade”. No meu site vocês podem encontrar mais dados sobre minha formação e minha produção. Hoje dirijo o Espaço Terapêutico “Elaboração Terapias e Cursos” em Saquarema, onde trabalho com a clínica em Psicanálise Transpessoal. 2- Prof. Clayton- O que e bullyng? Prof. Joao Carvalho Neto- Bullyng é uma palavra inglesa para definir uma situação de violência que já existe há muito tempo, sem nunca ter sido diagnosticada como tal. Na verdade nunca se viu tantas formulações de novos transtornos psicológicos como agora. Para um Psicanalista isso é muito burocrático e limitante para a subjetividade humana. Mas, como dizia, o Bullyng define o uso de um pretenso poder de uma pessoa ou grupo de pessoas sobre outras pessoas, através de atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de força. 3- Prof. Clayton- Existem causas ou motivos para que o bullyng aconteça nas escolas? Prof. Joao Carvalho Neto- Vivemos em uma sociedade altamente competitiva e doentia por conta disso. As pessoas acabam sendo induzidas a tentar desvalorizar o outro no intuito de se autopromover, porque diminuindo o outro você aparece mais. Além disso, a agressividade, fruto de um desconforto pelas frustrações do cotidiano, também surge como elemento significativo nesta sociedade. Juntando isso às predisposições psicológicas naturais da criança e do adolescente, você tem um clima muito favorável à descarga dessas frustrações em alguém que esteja ao seu lado e mais vulnerável emocional e fisicamente. A criança e o adolescente ainda têm poucas noções de respeito pelo semelhante, principalmente quando esse mesmo adolescente se vê desrespeitado por uma sociedade que, muitas vezes, lhe nega direitos que concede a outros. As injustiças sociais são causa de revolta e potencialização da agressividade. Então, tudo isso se junto nesta faixa etária dentro de um mesmo ambiente, com muitos jovens convivendo em espaços limitados, e o resultado não poderia ser outro. Na verdade, a causa do bullyng não está na escola, mas a escola está despreparada e desatenta para lidar com ele. Claro que não posso deixar de considerar que alguns professores instáveis emocionalmente também discriminam alunos em sala de aula, caracterizando uma ação de bullyng. Mas vamos considerar isso como exceções. 4- Prof. Clayton- Sabemos que o bullyng sempre existiu, claro que tempos atrás nosso tempo ne professor rsr não tinha este nome, hoje ele e bem falado na mídia, outros meios de comunicação, já e tratado com mais atenção, na sua visão uma pessoa que sofre bullyng precisa de ajuda? Ou cada caso um caso? Prof. Joao Carvalho Neto- Todas as pessoas que sofrem bullyng precisam de ajuda. Estávamos falando mais sobre as crianças e jovens, mas ele acontece mesmo na idade adulta, apesar de ser com menos frequência. Mas não é somente a pessoa que sofre bullyng que precisa de ajuda mas também aquele que exerce a pressão discriminatória contra o vitimizado. Eu diria mesmo que, antes de o bullyng se efetivar como um fato, o vitimizado e o agressor já existiam em estado potencial. Por isso, ambos precisam ser tratados. 5- Prof. Clayton- Existem algumas medidas preventivas que os professores, família, Diretores ou coordenadores possam tomar para que seja evitado o bullyng? Prof. Joao Carvalho Neto- Certamente que sim. O primeiro passo é estar atento às mudanças de comportamento da criança ou jovem, principalmente quando ele passa a se isolar, a não querer mais ir para a escola, muitas vezes numa resistência desesperada para fugir do ambiente agressor. Os pais precisam observar, conversar, pesquisar sobre a vida dos filhos e, para isso, é preciso tempo e amor para esta atenção. As escolas devem manter permanentemente projetos sobre respeito às diferenças e boa convivência. O trabalho da Orientação Educacional deve ser efetivo e não fictício como costuma acontecer. As orientadoras educacionais, muitas vezes, acabam exercendo outras tarefas que não as suas, por falta de funcionários, ou ainda têm dificuldades pelo excesso de alunos que precisam trabalhar. A escola ainda tem, em diversas situações, um papel muito burocrático de instruir, sem se levar em conta as questões afetivas que, na verdade, permeiam o próprio processo da aprendizagem. Então, esse ambiente frio e distante também se torna mais predisponente à ocorrência do bullyng. 6- Prof. Clayton- No Brasil existem muitas incidências de bullyng? Prof. Joao Carvalho Neto- Eu, na verdade, não tenho conhecimento de alguma pesquisa sobre o assunto, mas não tenho dúvida em afirmar que a incidência é grande, não só pela minha experiência clínica onde ele aparece com frequência – tanto como queixa direta quanto como queixa indireta – mas porque nosso sistema social e educacional favorece essa incidência. Eu te digo que cerca de 50% dos pacientes que me procuram hoje com algum tipo de transtorno psicológico, durante a anamnese narram que sofreram algum tipo de discriminação quando crianças na escola. 7- Prof. Clayton- Professor gostaria de agradecer sua participação, fico honrado com sua contribuição, tenho certeza que ajudou muito as pessoas que acessam o blog, gostaria que deixasse seu recado, uma mensagem a todas as pessoas que estão visualizando esta entrevista sobre o tema que foi abordado hoje, dicas a todos os alunos, professores e gestores escolares sobre o tema. Prof. Joao Carvalho Neto. Eu quero agradecer mais uma vez esta oportunidade e dizer que a solução para este e tantos outros males que invadem nossas vidas está na falta de empatia, de sensibilidade ao sentimento do outro. Quando conseguirmos viver num mundo onde as pessoas se preocupem com seus semelhantes, onde sintam respeito pelo outro e estejam mais comprometidas com o bem estar comum, grande parte de nossos sofrimentos deixarão de existir. O pior, ou talvez seja o melhor, é que isso parece muito fácil de ser conseguido, já que todos se beneficiariam, mas ainda nos parece muito distante, talvez pelo egoísmo exacerbado que ainda trazemos e que permeia nossa sociedade e nossas relações.

Informações do blog do prof Clayton.

Estamos no mês de Novembro, pois no blog temos muitas opções, mais voltada a informações, educação, matemática, pedagogia, motivação e informações de palestras motivacionais proferidas pelo próprio professor, agradeço imensamente pelo prestigio e aqueles que me seguem, estamos chegando a 8.000 visualizações, claro que perto de muitos não é um numero considerável, mas fico feliz pelo numero que já tenho e pelas pessoas que acessam, curtem e visualizam o blog, agradeço imensamente a todos, pois o blog é informativo, todas informações são extraídas de sites que tem conteúdos informativos que não são todos de autoria do meu blog porem quando compartilho acredito que as informações são importantes e que ajudara muito de grande valia, tanto que no final do texto tem o link, só você acessar e imediatamente entra na pagina do autor ao professor e colega amigo João Carvalho Neto que participou de momentos pedagógicos e que sem duvida contribuiu para grandes informações do blog, e todas informações são de inteira responsabilidade dos sites, opiniões, de especialistas, médicos, professores de educação física e eu mesmo quando posto vídeos e mensagens deixo claro que são de minha autoria, mas que sem duvida são de informações, sem lucratividade é de fins sociais, e de auto ajuda, fundado em 2009 graças a Deus estamos com 6 anos de muitas informações, agradeço e digo mais uma vez valeu, já passam de 50.000 visualizações o que tenho a dizer, obrigado a todos e continuam acessando compartilham e falam das informações do blog do prof Clayton. Muito obrigado! Prof Clayton. Licenciado em Matemática e pedagogia Bacharel e administração de empresa e contabilista. Especialista em finanças Dia 02/11/2015. 13 horas e 17 minutos.