domingo, 8 de julho de 2012

Mes de julho, conheça o Feriado do dia 09/07

Dia da Revolução Constitucionalista de 1932

Em 9 de julho de 1932, rebentou a Revolução Paulista. São Paulo já possuía um governante civil e paulista, de modo que a grande reivindicação era a constitucionalização do país.
O Estado do café se levantou contra a Revolução de 30 e os políticos paulistas, sobretudo os dirigentes do PRP (Partido Republicano Paulista), não se conformaram com a vitória da Revolução. A nomeação de um interventor em São Paulo, propiciou-lhes motivos para o desencadeamento de uma grande propaganda contra o governo federal, na qual se destacavam lemas bem elucidativos: "São Paulo conquistado!", "São Paulo dominado por gente estranha!", "Convocação imediata da Constituinte!", "Tudo pela Constituição!"
Embora o interventor, sentindo dificuldades para administrar o Estado, tivesse pedido demissão, a onda de descontentamento e agitação prosseguiu. Na noite de 23 de maio de 1932, um grupo de populares tentou invadir a sede do partido favorável a Getúlio Vargas, na Praça da República. Houve resistência e o resultado foi desastroso, com cinco vítimas fatais: Martins, Miragaia, Drauzio, Camargo e Alvarenga, que veio a falecer meses depois.
Foi assim que, em 9 de julho de 1932, rebentou a Revolução Paulista. São Paulo já possuía um governante civil e paulista, de modo que a grande reivindicação era a constitucionalização do país. Mas o Estado paulista ficou só, não houve adesão das outras oligarquias dos demais Estados.
Em 1932, dos 7 milhões de habitantes de São Paulo, mais da metade era de origem italiana. Para eles, a luta era em defesa da unidade nacional. Com argumento desse tipo, os interventores conseguiram grande número de voluntários para lutar contra os paulistas. 

  http://www.miniweb.com.br/Cidadania/Hinos/historia/09_julho.html                       
Isso, contudo, não bastou. De todos os lados, as forças paulistas eram assediadas pelas tropas do governo federal. Para completar o cerco, a esquadra bloqueou o litoral. E para não reconhecer a derrota antes do tempo, a ordem do comando revolucionário era "durar", isto é, resistir a qualquer preço. A esperança de adesão dos outros Estados se dissipou, totalmente, com a prisão dos líderes gaúcho e mineiro, ambos partidários do levante paulista.
A capitulação se deu a 1º de outubro 1932. Cerca de 135 mil paulistas lutaram, incansavelmente, por três meses. No dia 2 de outubro daquele ano, sem armas, sem munição e sem o apoio de outros Estados, São Paulo foi obrigado a se render às forças de Vargas.
Os principais chefes da revolução foram detidos e obrigados a se exilar na Europa, assim, não poderiam concorrer as eleições nem votar. Getúlio vence a Revolução, mas, mesmo assim, o governo percebe que era difícil governar sem as oligarquias paulistas. Para não perder o poder, Vargas decide nomear a comissão de constitucionalização. Em 25 de julho, ordenou o alistamento eleitoral e, depois, convocou a assembléia constituinte.
Em 1997, o governador de São Paulo, decretou o dia 9 de julho, feriado estadual para homenagear o "Dia do Soldado Constitucionalista". O obelisco do Ibirapuera é uma homenagem a Martins, Miragaia, Drauzio e Camargo, mortos no dia 23 de maio. O obelisco simboliza uma espada fincada, ferindo o coração (simbolizado pela praça) do Estado de São Paulo.
Por isso, 23 de Maio é o "Dia da Juventude Constitucionalista", para lembrar a memória desses estudantes vítimas da repressão, simbolizados pela sigla: MMDC (iniciais dos quatro nomes). Se você consultar essa data comemorativa vai obter mais informações sobre este assunto.


Bibliografia:Portal Paulinas