domingo, 25 de maio de 2014

Revejam a entrevista feita pelo professor e pedagogo Clayton Santos ao Mestre, escritor, psicanalista, palestrante João Carvalho Netto. Aqui no blog.

1-      Prof. Clayton-Professor Joao, fico feliz por participar e abrir o tema “Momentos pedagógicos do blog do prof. Clayton”, que sem duvida será de grande valia, gostaria que falasse do seu trabalho, experiência e formação:
Prof. Joao Carvalho Neto- Em primeiro lugar quero agradecer seu convite e a oportunidade de estar aqui compartilhando algumas reflexões com nossos amigos leitores. Minha formação vem da área pedagógica e acabou se derivando para a área psicológica quando fiz a pós-graduação em Psicopedagogia. Na sequência fiz uma formação em Psicanálise, Terapia Floral e em Terapia Regressiva. Depois escrevi dois livros e fiz o mestrado em Psicanálise com tese sobre o tema “O Complexo de Édipo na contemporaneidade”. No meu site vocês podem encontrar mais dados sobre minha formação e minha produção. Hoje dirijo o Espaço Terapêutico “Elaboração Terapias e Cursos” em Saquarema, onde trabalho com a clínica em Psicanálise Transpessoal.


2-      Prof. Clayton- O que e bullyng?


Prof. Joao Carvalho Neto-  Bullyng é uma palavra inglesa para definir uma situação de violência que já existe há muito tempo, sem nunca ter sido diagnosticada como tal. Na verdade nunca se viu tantas formulações de novos transtornos psicológicos como agora. Para um Psicanalista isso é muito burocrático e limitante para a subjetividade humana. Mas, como dizia, o Bullyng define o uso de um pretenso poder de uma pessoa ou grupo de pessoas sobre outras pessoas, através de atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de força.


3-      Prof. Clayton- Existem causas ou motivos para que o bullyng aconteça nas escolas?


Prof. Joao Carvalho Neto- Vivemos em uma sociedade altamente competitiva e doentia por conta disso. As pessoas acabam sendo induzidas a tentar desvalorizar o outro no intuito de se autopromover, porque diminuindo o outro você aparece mais. Além disso, a agressividade, fruto de um desconforto pelas frustrações do cotidiano, também surge como elemento significativo nesta sociedade. Juntando isso às predisposições psicológicas naturais da criança e do adolescente, você tem um clima muito favorável à descarga dessas frustrações em alguém que esteja ao seu lado e mais vulnerável emocional e fisicamente. A criança e o adolescente ainda têm poucas noções de respeito pelo semelhante, principalmente quando esse mesmo adolescente se vê desrespeitado por uma sociedade que, muitas vezes, lhe nega direitos que concede a outros. As injustiças sociais são causa de revolta e potencialização da agressividade. Então, tudo isso se junto nesta faixa etária dentro de um mesmo ambiente, com muitos jovens convivendo em espaços limitados, e o resultado não poderia ser outro. Na verdade, a causa do bullyng não está na escola, mas a escola está despreparada e desatenta para lidar com ele. Claro que não posso deixar de considerar que alguns professores instáveis emocionalmente também discriminam alunos em sala de aula, caracterizando uma ação de bullyng. Mas vamos considerar isso como exceções.


4-      Prof. Clayton- Sabemos que o bullyng sempre existiu, claro que tempos atrás nosso tempo ne professor rsr  não tinha este nome, hoje ele e bem falado na mídia, outros meios de comunicação, já e tratado com mais atenção, na sua visão uma pessoa que sofre bullyng precisa de ajuda? Ou cada caso um caso?


Prof. Joao Carvalho Neto- Todas as pessoas que sofrem bullyng precisam de ajuda. Estávamos falando mais sobre as crianças e jovens, mas ele acontece mesmo na idade adulta, apesar de ser com menos frequência. Mas não é somente a pessoa que sofre bullyng que precisa de ajuda mas também aquele que exerce a pressão discriminatória contra o vitimizado. Eu diria mesmo que, antes de o bullyng se efetivar como um fato, o vitimizado e o agressor já existiam em estado potencial. Por isso, ambos precisam ser tratados.


5-      Prof. Clayton- Existem algumas medidas preventivas que os professores, família,  Diretores ou coordenadores possam tomar para que seja evitado o bullyng?


Prof. Joao Carvalho Neto- Certamente que sim. O primeiro passo é estar atento às mudanças de comportamento da criança ou jovem, principalmente quando ele passa a se isolar, a não querer mais ir para a escola, muitas vezes numa resistência desesperada para fugir do ambiente agressor. Os pais precisam observar, conversar, pesquisar sobre a vida dos filhos e, para isso, é preciso tempo e amor para esta atenção. As escolas devem manter permanentemente projetos sobre respeito às diferenças e boa convivência. O trabalho da Orientação Educacional deve ser efetivo e não fictício como costuma acontecer. As orientadoras educacionais, muitas vezes, acabam exercendo outras tarefas que não as suas, por falta de funcionários, ou ainda têm dificuldades pelo excesso de alunos que precisam trabalhar. A escola ainda tem, em diversas situações, um papel muito burocrático de instruir, sem se levar em conta as questões afetivas que, na verdade, permeiam o próprio processo da aprendizagem. Então, esse ambiente frio e distante também se torna mais predisponente à ocorrência do bullyng.


6-      Prof. Clayton- No Brasil existem muitas incidências de bullyng?


Prof. Joao Carvalho Neto- Eu, na verdade, não tenho conhecimento de alguma pesquisa sobre o assunto, mas não tenho dúvida em afirmar que a incidência é grande, não só pela minha experiência clínica onde ele aparece com frequência – tanto como queixa direta quanto como queixa indireta – mas porque nosso sistema social e educacional favorece essa incidência. Eu te digo que cerca de 50% dos pacientes que me procuram hoje com algum tipo de transtorno psicológico, durante a anamnese narram que sofreram algum tipo de discriminação quando crianças na escola. 


7-      Prof. Clayton- Professor gostaria de agradecer sua participação, fico honrado com sua contribuição, tenho certeza que ajudou muito as pessoas que acessam o blog, gostaria que deixasse seu recado, uma mensagem a todas as pessoas que estão visualizando esta entrevista sobre o tema que foi abordado hoje, dicas a todos os alunos, professores e gestores escolares sobre o tema.


Prof. Joao Carvalho Neto. Eu quero agradecer mais uma vez esta oportunidade e dizer que a solução para este e tantos outros males que invadem nossas vidas está na falta de empatia, de sensibilidade ao sentimento do outro. Quando conseguirmos viver num mundo onde as pessoas se preocupem com seus semelhantes, onde sintam respeito pelo outro e estejam mais comprometidas com o bem estar comum, grande parte de nossos sofrimentos deixarão de existir. O pior, ou talvez seja o melhor, é que isso parece muito fácil de ser conseguido, já que todos se beneficiariam, mas ainda nos parece muito distante, talvez pelo egoísmo exacerbado que ainda trazemos e que permeia nossa sociedade e nossas relações. 

O que é orçamento participativo? Entenda.

orçamento participativo gerou um mecanismo de gestão democrática das políticas publicas para decidir a melhor alocação dos recursos e um poderoso instrumento de redistribuição de renda, uma prática que transformou radicalmente a cultura política nacional, incorporando o cidadão a uma sintonia com a administração municipal, dando-lhe a oportunidade de conhecer as receitas e despesas da sua cidade e de participar da distribuição destes recursos. Infelizmente, em Mossoró, o orçamento participativo tem sido implementado de forma equivocada e distorcida.

Terminado o reinado da Dra. Rosalba Ciarlini, esperamos que a atual prefeita Fátima Rosado, já no seu segundo mandato, cumpra (como está proposto no seu plano de governo), a implementação real e com transparência do orçamento participativo, pois é necessário que todos entendam principalmente os gestores públicos, que o orçamento é uma lei, portanto, um documento público que não pode se transformar em uma “caixa preta” - com informações “sigilosas” ou “secretas” - que poucos podem ter acesso e que quem decide é o responsável por sua elaboração e execução.

O orçamento é público pelo seu conteúdo, pois trata das despesas destinadas a suprir as necessidades de gestão da administração pública, como também das receitas advindas da população. É público porque é elaborado num espaço público, sendo discutido, emendado e aprovado por vereadores, em sessões públicas e para ter efeito legal, obrigatoriamente é preciso ser publicado para o conhecimento dos munícipes.

A utilização do orçamento do município pode ser comparado ao orçamento familiar. É de responsabilidade do cabeça da família planejar e executar o orçamento, quanto vai dispor de receita (salário) e quanto vai gastar com: alimentação, saúde, educação, lazer, habitação, higiene, transporte, taxas e impostos etc. Mas, é necessário que todos os membros da família entendam e participem do planejamento e execução do orçamento, para alcançar o objetivo desejado. Da mesma forma deve ser procedido com o orçamento municipal. O prefeito propõe um planejamento para o orçamento público, mas é a Câmara Municipal quem aprova ou reprova, e toda a comunidade, através de suas organizações devem participar, pois o dinheiro público é do povo, é administrado pela prefeitura, mas é obtido pela contribuição de todos os cidadãos, o que vem reforçar a necessidade de todos participarem de sua destinação.

O orçamento é um instrumento político, mesmo quando não utilizado devidamente. Através dele se conserva toda uma situação de privilégio de determinados grupos ou se formaliza uma aplicação indevida e ineficaz de recursos. Também pode torna-se um elemento a ser utilizado pela sociedade para definir e exigir onde e como os recursos devem ser mais bem aplicados. Este instrumento deve conter prioridades previamente estabelecidas nas discussões – a partir dos limites da receita – e quais as políticas que devem ser elaboradas para satisfazer a necessidades da maioria da população.

A constituição de 1988 delineou uma trajetória para se fazer o orçamento. São três instrumentos de cuja elaboração a sociedade civil, através de suas entidades, podem e devem participar: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). Participar do processo orçamentário é uma das melhores formas de exercer a cidadania, porque se pode exercê-la de forma coletiva, discutindo os problemas, levantando a situação, definindo que propostas são mais importantes para o conjunto da sociedade. O surgimento do orçamento participativo criou um forte instrumento na busca da maior equidade e igualdade social, política e econômica. Participar das decisões do orçamento significa defender o patrimônio público, contribuir para reduzir as desigualdades sociais e aplicar de forma honesta e eficiente o dinheiro público.

GLOSSÁRIO
Plano Plurianual (PPA) – Trata da previsão de despesas com obras e serviços delas decorrentes e programas que levem mais de um ano. Deve ser proposto no primeiro ano de governo e depois de aprovado tem vigência nos quatro anos seguintes. É o principal instrumento de planejamento de médio prazo das ações a serem implementadas.

Lei de Diretrizes orçamentárias (LDO) –
Tem vigência anual, definindo as metas e prioridades para o ano seguinte, a partir do que foi estabelecido pelo PPA. Define também as regras sobre mudanças nas leis de impostos, finanças e pessoal, além de estabelecer orientações de como elaborar o orçamento anual.

Lei Orçamentária Anual (LOA) –
É o orçamento propriamente dito. É a previsão de todas as receitas e autorização de despesas públicas, apresentadas de forma padronizada e com várias classificações. Define as fontes de receitas e despesas por órgão de governo e por função, expressas em valores. Contem os programas, subprogramas, projetos e atividades que devem contemplar as metas e prioridades estabelecidas na LDO com recursos necessários ao seu cumprimento.

Planejamento –
É a definição de um futuro desejado e de meios para alcançá-los. Podemos, também, definir planejamento como sendo o exercício sistemático da antecipação.
Caixa Preta – Nome popular que se dá aos sistemas cujos mecanismos internos não são acessíveis a observações
 Assunto extraído neste blog, mais informações leia o blog abaixo:

http://www.carlosescossia.com/2009/08/o-que-e-orcamento-participativo.html

lidando com o complexo de inferioridade. Prof Clayton O video mais visto, com 2.400 visualizações! Desde já agradeço a todos pelo prestigio! abçs