UM ESTUDO SOBRE A EVASÃO ESCOLAR: Um
enfoque tratando as causas da evasão.
Resumo:
Trata-se de um artigo que foca a desistência escolar, o que leva o aluno a
desistir da escola, fatores que influenciam na vida dos alunos do ensino das
escolas públicas e particulares, do ensino básico até o ensino médio, questões
sociais, educacionais, a importância do estudo nas escolas, questões familiares e até mesmo
profissionais, objetivo é esclarecer ao leitor um enfoque tratando as causas da
evasão escolar no Brasil.
Palavra chave:
Evasão: desistir; parar; sair.
Desmotivação: perda de ação; vontade .
Bullyng: ato de provocar; desfeixo; ofensa.
Nome Clayton Santos
RA 910208501
.
Introdução
A evasão escolar hoje sem dúvida é um dos mais assuntos
comentados no meio acadêmico e pedagógico, afinal desistência de alunos em
cursos não é novidade pra ninguém, mas sempre vem aquela pergunta e desafio,
por que há evasão escolar, porque os alunos desistem em maior parte dos cursos,
não chegam a concluir o curso na qual se inscreveu, não só em instituições
públicas como os particulares isto acontece.
Pra se ter idéia, a questão financeira é sempre o fator
principal, mas nem sempre isto acaba sendo o motivo da desistência.
Lei de Diretrizes e Bases da Edu cação (1997:2), é
bastante clara a esse respeito.
(...) Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Bom pelo que podemos
notar os dias de hoje segundo o artigo citado, nem sempre isto tem sido
praticado, afinal valores de educação têm sido deixados por muitos.
Preliminarmente, convém salientar que
a educação não é, para o homem, um acréscimo ornamental. O homem é
essencialmente educável. (Niskier, conselho federal de Educação).
Pois se observarmos a
questão é de interesse o problema da educação no Brasil ainda é um fato
lamentável, pois muitos procuram a escola por necessidade, e não por
aprendizagem, afinal os anos que o aluno tem que passar na escola é longo, e o
estudo é um processo que leva anos, muitos com problemas pessoais, ou qualquer
coisa a primeira tomada de decisão é “sair da escola”.
Desenvolvimento
O Brasil investe pouco na
educação, embora não estamos falando de questões sociais políticas e
familiares, e sim da sociedade em geral. Aliás , nem sempre podem culpar alguém,
afinal estudar requer força de vontade, e quando a criança tem esta consciência
muitas das vezes já é tarde, não é de se estranhar que acabamos presenciando
pessoas com 30 anos acima voltando à escola, muitas das vezes acabam tomando
consciência com o decorre dos anos.
Muitas das vezes a
questão do estudo é deixada de lado, só acaba se tornando a vontade de estudar
quando o mercado de trabalho acaba praticamente exigindo formação do cidadão,
se não fosse isto sem dúvida o estudo não seria tão preocupante assim.
A evasão escolar acaba sendo um dos
desafios pro ministério da educação, por exemplo: se este desafia já vem de
longos anos por que o governo ainda não tomou atitude.
Pois as causas de desistência escolar
são:
1- financeiro
2- Trabalho
3- Família
4- Doença
5- Mudança de lugar
6- Outros
Outros são motivos de desmotivação,
falecimento, etc.
Sem contar que muitas das
pessoas acabam desistindo logo no inicio do ensino fundamental.
Não só na escola pública como nas
instituições particulares acontecem à evasão, apesar do número de desistentes
são na escola pública, algumas pessoas podem pensar, será que é desmotivação?
Ou que a escola não é boa, ou seja, a questão de gostar ou não do curso.
Muitas das vezes se torna
uma obrigação, pois a questão dos valores de estudo e carreira, e futuro esta
longe do estudante principalmente na questão de estudo.
Só que muitas das vezes a desistência
acaba gerando um outro fator negativo a sociedade, ou seja, entrar nas escolas,
muitos são aqueles que começam agora os que terminam?
São poucos que levam a
sério e vão até o fim, aliás, todos os cursos, ou seja, uma sala que começa com
60 alunos no ensino médio, geralmente no primeiro ano tem 60 alunos, no final
chegam 15 alunos.
Muitos desistiram, sem contar da
história de educação de lutas e classes, ou seja, o homem é um animal primitivo
que luta pela sobrevivência, que não só de trabalho e sim de conhecimento
(Ponce), esta afirmação mostra o quanto é importante à educação na vida do ser
humano, afinal nem sempre a questão de trabalho enaltece o homem, claro que sem
dinheiro não há condições de permanecer vivo, aliás, o estudo hoje virou
prioridade na vida do homem, os valores da sociedade se modificaram, apesar de
muito ainda a crescer e mudar o homem percebeu que sem estudo ele não chega a
lugar algum.
Quer-se conseguir alguma
coisa, a pessoa precisa lutar estudar, se preparar apesar da dificuldade social
nem sempre é questão de tempo e sim vontade própria que é muito difícil.
Temos o programa fome
zero criado pelo Presidente Lula, nestes últimos oito anos de governo que foi
bem aceito pelos brasileiros, como presidente mais popular da história do
Brasil, apesar de que a bolsa família, programa implantado pelo governo que
visa um salário pra que a família de baixa renda acabe tendo condições de vida
positiva.
Com condição que os pais coloquem
seus filhos na escola, ou seja, que estudem uma motivação para que não haja
evasão, principalmente na região nordeste do país, onde as condições de vida
são mais complicadas do que a região sudeste, embora o governo imponha
condições do filho na escola se não perde o beneficio, pois esta região é onde
ocorre o maior índice de evasão, motivo: falta de condições, escola, transporte
e principalmente a questão financeira.
Imagina na região do
Amapá, Amazonas ou mato grosso, onde crianças levam horas pra ir à escola,
muitas vezes de barco, caminhão, quando o tempo esta com boas condições
climáticas, se não está praticamente é impossível ir à escola apesar de uma
sala de aula com péssimas condições no lugar que praticamente não tem quase
professores formados, preparados pra exercer o magistério.
Então ficamos na questão: aonde entra
a motivação para o estudo, podemos culpar quem?
A pessoa, o governo,
família, enfim, se não tem estudo não há trabalho, se não há trabalho não há
condições de vida. Evasão escolar é o afastamento do aluno da escola.
Esse desvio se dá por vários motivos, tais como: situação econômica da família;
falta de vagas nas escolas; distância da escola; problema de relacionamento
entre professor e aluno; gravidez precoce; falta de interesse e de incentivo
dos pais e da própria escola, entre outros. A
evasão ocorre com mais freqüência no período noturno, sendo a maioria
trabalhadora de período integral. Muitos deles se vêem obrigados a deixar a
escola ainda pequena para ajudar na renda familiar. Como lhes falta à cobrança
dos pais em relação ao estudo e até a necessidade de uma maior motivação, esses
alunos acabam por apresentar um baixo rendimento e, futuramente a evasão escolar.
A desmotivação dos
professores causada pelos baixos salários e o despreparo profissional, são
alguns dos fatores para a má qualidade do ensino público. A educação no Brasil
sempre foi prioridade nos discursos políticos, mas a distância entre intenção e
ação costuma ser fraca. Em 1994, o Brasil apresentava uma taxa de analfabetismo
em torno de 18,9%.
(...) Os brasileiros que conseguem permanecer oito
anos na escola, saem de lá com apenas 3,9 anos de escolaridade, graças aos
altíssimos índices de repetência. No Brasil, de cada 100 crianças matriculadas
na 1a. série do 1o. grau, 44 repetem o ano ou abandonam a escola antes de
completar o ciclo básico de oito anos, os estudantes brasileiros levam em média
12 anos, o que caracteriza pelo menos quatro repetências ao longo desse
período. (Giannella Jr., p.
20, 1999).
A desistência escola se dá por vários
fatores, afinal nem sempre podemos afirmar que é emprego, situação financeira,
vários fatores, inclusive os sociais podem dizer que na medida do possível a
pessoa tem que ter muita força de vontade de ir à escola, mas o que acontece no
mundo de hoje?
Temos exemplos de países de primeiro mundo
que é a formação do aluno, Japão, por exemplo, é baixa, uma criança ao entrar
na escola no ensino básico e fundamental dois, ela ficam 8 horas na escola,
onde aprende tudo, dentre as matérias básicas como a de agricultura, marcenaria
dentre outras que é a preparação para o mercado de trabalho, nem sempre os que
estudam, aprendem tudo na escola, muitas das vezes quando uma pessoa tem
problema, ou seja, qualquer fator que leve a pessoa ficar desanimada é a
desistência da escola, não do trabalho por uma questão de sobrevivência, que
apesar da pessoa desistir do trabalho, vai desistir da escola.
Sempre a
escola que leva o papel de desistência que é a questão da educação em último
lugar, mal sabe o aluno que o estudo é um fator primordial e fundamental para
sua sobrevivência no mercado, não é a toa que temos o EJA (ensino de jovens e
adultos) nas escolas cheio, afinal. Geralmente o que os pais mais sofrem com a
evasão escolar é questão do filho
não entender o conteúdo, não ter um bom aproveitamento das matérias, ou seja,
pra se ter idéia foi feito um levantamento na região nordeste alguns lugares do
Brasil que a criança leva horas pra ir à escola, muitas acabam desistindo do
curso, por exemplo, a cada 30 crianças que começam no ensino básico um desde lá
no começo apenas dois terminam o ensino médio, o secundário, antigo colegial
que é um preparatório pra faculdade, muitas começam, poucos terminam, sem
contar que pai nenhum fica feliz em ver o filho sair da escola.
Agora
sem contar que a escola não pode ser encarada com fracasso, ou seja, a culpa é
do ensino? Do professor? Ou da sociedade que não cobra melhore condições de
ensino, principalmente nas escolas públicas. Sem contar que muito ou qualquer
aluno quando tem um problema à primeira coisa que ele faz é desistir de
estudar.
Já
aqui São Paulo foi feito um levantamento
com a seguinte pergunta aos alunos de ensino secundário, o que levaria a
desistência da escola?
A resposta foi esta:
De 100 alunos
20% disseram que é financeiro
10% Trabalho
20% Familiar
40% desmotivação da escola
10% outros (que é falecimento,
mudança de endereço, brigas bullyng, etc.).
Podemos afirmar que é
desmotivação, isto prove de qualidade de aula, estrutura da escolar, gosto pelo
curso, facilidade a instituição de ensino, enfim, o fator motivacional pode ser
trabalhado para que o aluno entenda que o curso, o ensino fará o crescer
profissionalmente, ou seja, quando o aluno vai à escola ele deve aprender que o
curso, o ensino é fundamental para sua vida, mas isto ela ou ele só vai
aprender no mercado de trabalho, ou seja, lá fora, não na escola, não seria
hora de muitas escolas trabalharem a motivação dos alunos, ou seja,
principalmente no ensino médio os alunos deveriam ter mais estrutura dentro da
sala de aula, escolas mais preparadas, professores qualificados, estrutura
pedagógica convincente dentro daquilo que são propostos, projetos pedagógicos,
interação com pais e alunos, mais integração com corpo docente, enfim, sabemos
da importância dentro do contexto social, familiar e educacional, aliás, tudo
tem justificativa, nem sempre quando o aluno para a escola é sinal de criança
na escola é sinal de educação e não desordem, convivência com outros colegas,
enfim, o pai praticamente joga a criança na escola e pronto, esquece que a
escola não é só na sala de aula e sim fora também, o estudo faz parte da pessoa
o tempo todo, apesar de que muitas das vezes o aluno vai pra escola por
obrigação, não se dedica coisa de poucos, falta, acaba se tornando cansativo,
ou seja, o dia a dia acaba virando rotina que é a falta de vontade e motivação
de ir à escola, claro que não podemos cobrar uma escola daquelas que estamos
acostumados não na realidade, mas na televisão, escolas com piscinas, tombo
água, professores saltitantes, romances a toda hora, nada disto, principalmente
de escola públicas, mas pelo menos escolas que dão suporte a alunos que queiram
estudar ou estejam dispostos a se dedicarem parte do seu dia à escola, sem sair
de lá espraguejando: to cansado de estudar, etc.
No que tange à educação, a legislação brasileira determina a
responsabilidade da família e do Estado no dever de orientar a criança em seu
percurso sócio-educacional. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação-LDB
(1997:2) é bastante clara a esse respeito. Art. 2º. A educação, dever da família e do
Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade
humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
A despeito disto, o que se
observa é que, a educação não tem sido plena no que se refere ao alcance de
todos os cidadãos, assim como no que se refere à conclusão de todos os níveis
de escolaridade.
Em seu lugar, o que se vê é que cada
vez mais a evasão escolar vem adquirindo espaço nas discussões e reflexões
realizadas pelo Estado e pela sociedade civil, em particular, pelas
organizações e movimentos relacionados à educação no âmbito da pesquisa
científica e das políticas públicas.
Vários estudos têm apontado aspectos sociais
considerados como determinantes da evasão escolar, dentre eles, a
desestruturação familiar, as políticas de governo, o desemprego, a desnutrição,
a escola e a própria criança, sem que, com isto, eximam a responsabilidade da
escola no processo de exclusão das crianças do sistema educacional.
(...) Analisando a questão do fracasso
escolar no Brasil, nas décadas de 1960 e 1970, FREITAG (1980:61) destacou que:
"Dos 1000 alunos iniciais de 1960, somente 56
conseguiram alcançar o primeiro ano universitário em 1973. Isso significa taxas
de evasão 44% no ano primário, 22% no segundo, 17% no terceiro. A
elas se associam taxas de reprovação que entre 1967 e 1971 oscilavam em torno
de 63,5%”.
Sobre esta questão, porém, numa perspectiva mais
recente, LAHÓZ (in Revista Exame, 2000) afirma que de cada 100 crianças que
iniciaram os estudos em 1997, só 66 chegarão à oitava série.
Assim, os dados revelam uma
realidade bastante preocupante e que atinge desde o nível micro (a escola) até
o nível macro (o Estado e o país). Diante do fato, inúmeras medidas
governamentais têm sido tomadas para erradicar a evasão escolar, tendo como
exemplos, a implantação da Escola Ceceada, a criação do programa bolsa-escola,
a implantação do Plano Desenvolvimento Escolar (PDE), dentre outros, mas que
não têm sido suficientes para garantir a permanência da criança e a sua
promoção na escola.
A evasão escolar que, não é um
problema restrito apenas a algumas unidades escolares, mas é uma questão
nacional que vem ocupando relevante papel nas discussões e pesquisas
educacionais no cenário brasileiro, assim como as questões do analfabetismo e
da não valorização dos profissionais da educação expressa na baixa remuneração
e nas precárias condições de trabalho. Devido a isto, educadores brasileiros, cada vez mais, vêm
preocupando-se com as crianças que chegam à escola, mas, que nela não
permanecem.
De maneira geral, os estudos analisam o fracasso
escolar, a partir de duas diferentes abordagens: a primeira, que busca explicações
a partir dos fatores externos à escola, e a segunda, a partir de fatores
internos. Dentre os fatores externos relacionados à questão do fracasso escolar
são apontados o trabalho, as desigualdades sociais, a criança e a família. E
dentre os fatores intra-escolares são apontados à própria escola, a linguagem e
o professor.
Também no que
tange a desmotivação dos alunos, ou seja, qualquer problema que ele enfrente, a
primeira coisa que ele faz é desistir da escola, embora não seja problema de todo
cada um tem seu motivo, diferente de escolas públicas e particulares, o maior
índice de desistência nas escolas vem de escolas públicas, ou seja, por isto a
vem a pergunta;
Será que a culpa é da escola?
Ensino de má qualidade?
Ou falta de criatividade no que tange o ensino?
(...) Na abordagem que busca explicar o fracasso
escolar a partir de fatores externos, encontram-se os trabalhos realizados por
MEKSENAS (1998), ARROYO (1991), GATTI ECT al (in BRANDÃO, 1983), e outros.
Não só os fatores externos, mas sim internos, a questão
de falta de merenda, falta de recreação, ou seja, distancia entre corpo docente
e alunos, professores mal remunerados e desmotivados, que já é uma questão
social muito triste, enfim, se compararmos o ensino de outros países observamos
que o Brasil ainda esta atrasado no que diz respeito a educação, claro que está
melhorando, mas tem muito a melhorar.
Nos estudos de BRANDÃO ECT al.
(1983), são apresentados os resultados de uma pesquisa desenvolvida pelo
Programa de Estudos Conjuntos de Integração Econômica da América Latina
(ECIEL), o qual se baseou em um uma amostra de cinco países latino-americanos.
Apesar de muitos artigos e livros que falam a respeito do fracasso escolar, tem
sido discussões no congresso, no senado, até mesmo em eleições, sabemos hoje
que o Brasil esta no ranking 56 no mundo em educação, por mais que há tecnologia e informação tem
muitos que estão fora da sala de aula hoje..
Assim, a
família foi apontada como um dos determinantes do fracasso escolar da criança,
seja pelas suas condições de vida, seja por não acompanhar o aluno em suas
atividades escolares.
(...) Essas desigualdades sociais também presentes na
sociedade brasileira, segundo ARROYO (1991:21), são resultantes das
"diferenças de classe", e são elas que "marcam" o fracasso
escolar nas camadas populares, por que:
"É essa escola das classes trabalhadoras que vem
fracassando em todo lugar. Não são as diferenças de clima ou de região que
marcam as grandes diferenças entre escola possível ou impossível, mas as diferenças
de classe. As políticas oficiais tentam ocultar esse caráter de classe no
fracasso escolar, apresentando os problemas e as soluções com políticas
regionais e locais”.
Hoje praticamente a questão de desistência escolar que é
devido à reprovação quase não acontece hoje, pois com a aprovação automática,
ou seja, o aluno pode carregar dependência igual na faculdade que facilita a
vida do mesmo, afinal seria um dos motivos da queda da evasão, que hoje
diminuiu muito, apesar de que o EJA ensino de jovens e adultos podem ocasionar
um avanço no ensino que é a questão do aluno nas escolas públicas, pessoas com
maioridade voltando ao banco das escolas, ou seja podemos afirmar que é o fator
motivacional que leva o aluno a desistir da escola, afinal com motivação e
força de vontade independente da situação o aluno não desiste, foi feito um
levantamento em uma escola particular sobre a seguinte pergunta, o que levaria
a desistir da escola. Greve dos professores, falta de professores tange a
desistência de muitos nas escolas, hoje
principalmente as públicas.
Geralmente tudo pode ser ocasionado por fatores
motivacionais, se pegarmos a teoria motivacional de Maslow, que é da pirâmide motivacional
que fala o ser humano precisa de muitas coisas, se estiver faltando alguma
coisa no triangulo não há a auto realização, afinal isto desencadeia a
desistência escolar, afinal a pessoa trabalhando, ocupada, fica cansada e não
tem motivação de ir à escola, muito que trabalham não agüentam é puxado! Ou
seja, trabalhar e estudar é um desafio que não é fácil.
Deste modo na literatura educacional brasileira, a
criança pode ser culpabilizada por seu próprio fracasso escolar, seja pela
“pobreza”, seja pela “má-alimentação”, pela “falta de esforço”, ou pelo
desinteresse.
SOARES (1992:10-3)
afirma que essa culpabilidade da criança, é observável naquelas teorias que
explicam a ideologia do dom e a ideologia da deficiência cultural. Segundo
a autora, estas ideologias, na verdade, eximem a escola da responsabilidade
pelo fracasso escolar do aluno, de um lado por apresentar ausência de condições
básicas para a aprendizagem, e de outro, em virtude de sua condição de vida, ou
seja, por pertencer a uma classe socialmente desfavorecida, e, portanto, por
ser portador de desvantagens culturais ou de déficits sócio-culturais.
Em oposição aos defensores dos fatores externos
como determinantes do fracasso escolar das crianças, autores como BOURDIEU,
CUNHA, FUKUI e outros, apontam a escola como responsável pelo sucesso ou
fracasso dos alunos das escolas públicas, tomando como base explicações que
variam desde o seu caráter reprodutor até o papel e a prática pedagógica do
professor.
Diferentemente dos autores que
apontam à criança e a família como responsáveis pelo fracasso escolar, FUKUI
(in BRANDÃO ECT al, 1983) ressalta a responsabilidade da escola afirmando que "o
fenômeno da evasão e repetência longe está de ser fruto de características
individuais dos alunos e suas famílias. Ao contrário, refletem a forma como a
escola recebe e exerce ação sobre os membros destes diferentes segmentos da
sociedade".
Segundo CUNHA (1997:29), a responsabilização da criança
pelo seu fracasso na escola tem como base o pensamento educacional da doutrina
liberal a qual fornece argumentos que legitimam e sancionam essa sociedade
de classe, e também tenta fazer com que as pessoas acreditem que o único
responsável “pelo sucesso ou fracasso social de cada um é o próprio
indivíduo e não a organização social”.
Quanto ao fato de ser a escola das classes trabalhadoras
que vem fracassando, para BOURDIEU (in FREITAG, 1980), isso se dá em virtude de
que a escola que aí temos serve de instrumento de dominação, reprodução e
manutenção dos interesses da classe burguesa.
A desmotivação tem sido a causa das desistências da
escola por muitos alunos, nem sempre o acesso é tão fácil quanto se imagina,
por exemplo, muitos dizem que não deixariam de estudar em hipótese nenhuma, mas
o que acontece na prática é diferente, mesmo quando as pessoas tentam insistir
de estudar, mas tem muitos obstáculos enfim, não é fácil pra ninguém estudar
não é uma tarefa fácil, ou seja, ninguém consegue terminar o estudo com
facilidade, fácil é entrar na escola o difícil é sair, ou seja, sair formado,
agora sair sem completar o curso tem sido um dado assustador, isto acontece em
várias regiões do país, nem tudo é maravilha, podemos culpar o professor?
Sociedade? Pais? Enfim, quem pode culpar? Nós mesmos, muitas das vezes podemos
perguntar: e nós já tivemos vontade de desistir de algum curso que começamos a
fazer? Enfim, agora muitos acabam desistindo, por motivo de trabalho, família,
doença, até mesmo por decepção amorosa, claro que cada caso um caso, cada um
tem seus motivos, sem contar que podemos citar, imagina uma escola de
periferia, em uma sala do ensino fundamental dois, onde as criança não tem
condições nem de ter um saneamento básico decente, na mesma sala este aluno de
12 anos olha na janela e vê um carro importado em pleno bairro aonde este
garoto reside, o mesmo fica olhando, observando até mesmo admirando o carro que
passa, o desejo do garoto de ter aquele carro, ou seja vivemos um problema
social grave, não que este trabalho justifique a desistência da escola, mas uma
coisa leva outra, como cobrar motivação deste garoto, quando ele chega em casa,
não tem nem sequer um prato de comida na mesa, nem pão pra tomar café ou até
mesmo água pra beber? Quando mais se falar na escola, enfim no país em que
vivemos chamado Brasil temos isto em muitas regiões no Nordeste, pessoas que
andam kilômetros de distancia muitas das
vezes eles acabam desistindo porque não há vontade de estudar, de estar numa
sala de aula, afinal pra que estudar? Se o que importa é o dinheiro no bolso,
agora a questão que queremos chamar atenção no trabalho é: estudar é uma ponte
de conhecimento de sucesso, quantas oportunidades um ser humano pode ter com
estudo? Quantas personalidades têm que se formaram e vieram do nada, a pobreza
justifica o fracasso escolar, temos exemplos de empresários, professores,
intelectuais que vieram da miséria e hoje são sucesso no mercado porque também
estudaram, tiveram força, motivação, aliás, mais uma vez a falta de motivação,
conscientização leva o aluno a desistir da escola, agora o sucesso é uma
conseqüência, estudar requer garra, vontade, paciência, muitas das vezes se
levam horas e sacrifício, abrir mão das coisas, podemos observar o exemplo de
muitas pessoas que tem mais de 30 anos e que são pais de famílias e voltaram
para o banco das salas de aulas, EJA ensino de jovem e adulto, muitos deles
dariam tudo pra voltar no tempo e voltar a estudar, então o problema esta na
fase, da idade? Ou seja, não dão valor porque tem tudo, e quem não tem nada?
E dentro da escola, o professor é apontado como produtor
do fracasso escolar. Para ROSENTHAL e JACOBSON (in GOMES, 1994:114) a
responsabilidade do professor pelo fracasso escolar do aluno se deve às
expectativas negativas que este tem em relação aos seus alunos considerados
como "deficientes", os quais, muitas vezes, apresentam comportamentos
de acordo com o que o professor espera deles. Estes teóricos mostraram através
de seus estudos, que as expectativas, em geral, podem influenciar os fatos da
vida cotidiana, e que geralmente, as pessoas parecem ter a tendência a se
comportar de acordo com o que se espera delas que não é tarefa fácil do
professor, muitas vezes o professor tem que ser cem por cento pai, psicólogo e
amigo do aluno para que o mesmo produza. Os excessos de aula que o professo
assume também tange no cansaço e aula de péssima qualidade para os alunos.
Como se pode ver, a literatura existente sobre o
fracasso escolar aponta que, se por um lado, há aspectos externos à escola que
interferem na vida escolar, há por outro, aspectos internos da escola que
também interferem no processo sócio-educacional da criança, e quer direta ou
indiretamente, acabam excluindo a criança da escola, seja pela evasão, seja
pela repetência.
Considerações finais
Não existe fracasso escolar, existe desistência,
desmotivação de estudar afinal cada um sabe das dificuldades, o trabalho mostrou
que cada um tem seus motivos, o que podemos afirmar é que pra que se terminem
os estudos é preciso força, garra e muita força de vontade.
Tomando como base os resultados dos
estudos e pesquisas acima mencionados, as questões que se levantam são: o que
fazer diante da problemática da evasão escolar? A maneira como a escola
organiza suas atividades escolares e a atitude da família frente aos estudos
escolares de seus filhos pode ocasionar o abandono da escola pela criança? Qual
o papel da escola e da família, as quais são instituições responsáveis
diretamente pela formação político-social da criança? Pode-se afirmar que a
família não se importa com a educação dos filhos quando estes retornam à escola
após tê-la abandonado uma vez? O que pensa a escola, a família e a criança a
respeito da evasão escolar? Objetivamente, o que estas instituições têm feito
diante da criança que evade?
Em face destes questionamentos, dois deles se destacam,
quais sejam: a) o que pensa a escola, a família e a criança a respeito da
evasão escolar? (E b) objetivamente, o que estas instituições têm feito diante
da criança que evade?
É preciso ter uma atenção ao fator investimento na
educação, alunos, pessoas, e a estrutura de ensino afinal a população tem
aumentado, o mercado tem sido exigente, as pessoas tem tido mais acesso a
educação, informação, leitura, mas o que falta é a conscientização, mais
palestras sobre o assunto, mais dialogo entre famílias, pais, amigos, enfim,
por mais que muitos não focam isto, no futuro sempre há diferenças entre alunos
que precisam e não precisam estudar, ou seja são necessidades de todos, muitos
querem estudar, alcançar objetivos, enquanto outros não valorizam a sala de
aula que tem próximo a sua casa, no que tem a educação, ou seja o governo federal
tem um lema “Brasil um Pais de todos”, esta previsto lei dos direitos humanos,
todos tem acesso a educação.
Dentre os 17
alunos, no entanto, somente nove ainda encontravam-se freqüentando a escola no
período em que realizou a pesquisa e, dentre estes somente quatro forneceram
dados necessários à análise. Mostrou que independente da situação o aluno pode
desistir da escola
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