- Descascamento, transformação da madeira em cavacos, desfibramento e formação do colchão: estes setores são quase que totalmente automatizados, ficando a interferência do fator humano restrita à programação dos computadores.
- Prensa: a prensa, apesar de ser um material adaptado a este processo produtivo, também é controlada através de computadores que acionam imediatamente um alarme quando acontecem irregularidades. Na saída da prensa existe um sensor que aciona um comando para a separação automática dos painéis que apresentam espessuras diferentes das especificadas. Os lotes de espessura maior que a nominal são transportados ao lixamento para serem retrabalhados. Os lotes de espessura menor que a nominal são reunidos em pacotes de mesma classe e aguardam que sejam programadas produções com estas espessuras para comporem um mesmo lote.
- Tratamento térmico: a secagem e climatização são realizadas em estufas, as quais são programadas de acordo com as propriedades físicas e mecânicas desejadas nos painéis. Para obter-se boas características dos painéis são necessários, no mínino, seis horas de climatização em temperaturas e umidades controladas.
- Triagem: os painéis que são selecionados são submetidos a separação automática, mas o acionamento é realizado pelo operador, o qual é responsável pela classificação. A máquina fornece automaticamente a contagem dos painéis por classificação realizada. Os painéis que recebem a classificação de 1a qualidade são enviados à serra principal. Aqueles painéis que são desclassificados (2a qualidade) são separados e podem ter três destinos:
- setor de recortes; - senão, serão estocados para aguardar utilização. Os rejeitos serão enviados ao picador.
- Serra principal: a serra principal possui programação computadorizada que permite a otimização dos cortes dos painéis de acordo com o programado. As entradas na serra principal podem ser painéis de primeira qualidade oriundos do setor triagem ou, ainda, painéis desclassificados que serão submetidos à uma programação específica para serem reaproveitados.
- Empacotamento: os painéis são empilhados e amarrados através de uma fita metálica. Algumas pilhas de painéis são assentadas sobre paletes por solicitação do cliente.
- Estoque/expedição: após o empacotamento as pilhas são transportadas, via empilhadeira, até o galpão de expedição.
- Inspeção final: realizada pelo controle de qualidade, tem por objetivo evitar que produtos não-conforme cheguem até o cliente. Esta inspeção é realizada somente para os clientes que possuem exigências específicas ou que efetuaram reclamações.
- Recortes: o setor de recortes procura valorizar aqueles painéis que não atingiram o mercado seja por apresentarem não conformidades, seja por um excesso de produção. Estes painéis são transformados em outros formatos para atingir às exigências de um mercado alternativo. Este setor apresenta um grande problema de organização, pois nele é perdida a rastreabilidade de grande parte dos lotes.
- Lixamento: o lixamento é efetuado para colocar os painéis que possuem a espessura acima da nominal de acordo com as especificações de produção.
- Estoques: existem três formas de estoques no processo :
- estoque "grenier": conta com lotes que estão estocados desde algumas horas até vários anos. O local é insalubre, desorganizado a ponto de faltar espaço para as manobras das empilhadeiras e apresenta muitos produtos danificados, os quais jamais serão vendidos e/ou aproveitados. - estoque da expedição : mesmo no setor expedição existe acúmulo de material estocados durante vários meses. Apesar do local ser limpo, muitos lotes são estocados de maneira incorreta, apresentando pilhas mal feitas ou ausência de paletes.
http://www.eps.ufsc.br/teses97/bonduelle/cap3.htm